FAQ's - Cachimbo


 

46.    Como aplicar a cera de Carnaúba?

45.    A origem do Churchwarden... sem uma resposta definitiva - Lenda/História

44.    Quando surgiu o cachimbo de briar? - Lenda/História

43.    Existe alguma "técnica especial" para acender os Tabacos Aromatizados?

42.    Qual a diferença entre Tabaco Aromático e Aromatizados?

41.    Existe Fornilho de Cerâmica?

40.    Como posso identificar se um cachimbo é de boa ou má qualidade?

39.    Piteira Quebrada... Como continuar usando?

38.    Tragar ou Puxar?

37.    Piteira Quebrada... aonde mando consertar?

36.    Que vem a ser Tabaco tipo "CAVENDISH"

35.    Como proceder a "limpeza" de um  cachimbo de Meerschaum?

34.    Qual seria o têrmo correto, "fumo ou tabaco "?

33.    Referindo a cachimbos, qual o significado de  "free-hands"?

32.    Qual a melhor maneira de acender um cachimbo, os fósforos ou isqueiros?

31.    Somente cachimbos caros é que dão boas cachimbadas?

30.    O cachimbo está com cheiro de mofo.  O que faço?

29.    Se meu cachimbo quebrar, o que faço?

28.    Afinal, este cachimbo Maestro é importado?

27.    Nunca se deve "fumar" mais de uma vez com o mesmo cachimbo por dia. Isto é real?

26.    Um gosto amargo é soltado pela piteira, que será?

25.    Qual é o melhor fabricante de fumo nacional?

24.    Existe uma nomenclatura específica do tipo mestre cachimbeiro?

23.    Quais são fabricantes nacionais de cachimbo?

22.    Existem modelos de cachimbo específicos para tipos determinados de fumo?

21.    Quais são fumos indicados para um iniciante?

20.    Os cachimbos já vem pré-queimados?

19.    Como deve-se proceder pra fazer uma limpeza pesada no cachimbo, e de quanto em quanto tempo deve-se limpá-lo?

18.    Quanto exatamente de tabaco deve ser pressionado?

17.    Ao terminar uma cachimbada, no fundo do fornilho sempre sobra uma considerável quantidade de fumo não queimado, mesmo depois que inexperientemente se acende o cachimbo várias vezes. É normal esse desperdício?

16.    Ao limpar o fornilho, convém usar algum líquido, tal como água ou whisky embebido em algodão?

15.    No Brebbia, é difícil fumar nele porque passa muito pouco ar em sua piteira e faz um chiado estranho, será normal isso?

14.    Como tirar o sabor do fumo aromatizado que fica no cachimbo?

13.    Já tentou reumedecer um tabaco que tenha secado?

12.    O apagar constante é comum?

11.    Sinto "pegadas" na língua, isso é normal?

10.    Quando se referem ao SMM , é Mild ou o Medium?

09.    Uns cachimbos estão começando a ficar com o chamado "sarro" na piteira e no duto do cabo. Que faço?

08.    Estando com a piteira frouxa do cabo do cachimbo, que faço?

07.    Existem cachimbos femininos?

06.    Alguém sabe de algum produto para polir piteiras? Algum material que sirva para polir outros plásticos ou acrílicos e que seja facilmente removido para não ser ingerido nas fumadas.

05.    O que fazer com a cinza no decorrer da fumada? Vai socando ela compactando com o fumo ainda não queimado no fundo do fornilho, ou retira a cinza e soca apenas o fumo?

04.    Há alguma maneira de "revitalizar" um fumo que ressecou devido ao excesso de tempo guardado?

03.    Como se costumam armazenar os tabacos, sejam eles em lata ou em pacote?

02.    Referindo a cachimbos, o que significa "Selected Straight Grain"?

01.    Qual seria o descanso (intervalo) ideal entre uma cachimbada e outra no mesmo cachimbo?


01.    Qual seria o descanso (intervalo) ideal entre uma cachimbada e outra no mesmo cachimbo?

O cachimbo de Meerchaum, Cerâmica e Barro podem ser usados continuamente, pois a sua umidade é quase que neutra.  Mas os de madeiras precisam de um tempo para que a própria possam neutralizar a umidade que é acumulada pela condensação no fornilho e cabo. 
É claro que uma madeira melhor, o tempo é menor, enquanto que uma madeira mais simples, precisa de um tempo maior.  Além também do tipo de tabaco usado, pois os aromáticos e aromatizados são bem mais úmidos que as Misturas Inglesas. 
O ideal é sempre deixar no mínimo 24 à 48 horas para o descanso dos cachimbos em madeira, e não esquecer de deixá-los descansar limpos. 
É claro que se você sair com um cachimbo de madeira, nada impeça que o use mais de uma vez, mas após a limpeza, deixe-o descansar por 48 horas no mínimo, pois caso contrário, você notará que na próxima cachimbada, a umidade está bem maior, modificando até mesmo no paladar do tabaco, e também apagando bem mais fácil o tabaco no fornilho. 
Eu tenho hoje 60 cachimbos, e os tenho numa prateleira e os vou usando em sistema de rodízio.  Portanto, como dou uma média de 5 cachimbadas ao dia, eu uso um cachimbo, em média, a cada 12 dias. 
Com isso posso lhe afirmar que não tenho o problema de meus cachimbos não estarem descansados :-)

02.    Referindo a cachimbos, o que significa "Selected Straight Grain"?

Os cachimbos que são feitos em briar, e aqueles que tem uma qualidade superior, ou seja, um envelhecimento da madeira superior a 25 anos, um corte perfeito, e uma confecção de um cachimbo também perfeito, pode trazer os veios da raiz bem retos, iniciando da base para a cabeça do fornilho, tendo esses veios linhas paralelas quase que perfeitas. 
É claro que isto é muito raro de acontecer, pois depende além do que citei, muito mais técnica de anos de aprimoramento, assim como também de uma raiz da érica arbórea, que é o briar, exemplar e singular.

03.    Como se costumam armazenar os tabacos, sejam eles em lata ou em pacote?

Sempre que você abrir um pacote ou lata de tabaco, e não tiver um uso rápido, procure guardá-lo num pote que se feche herméticamente. Esses potes são facilmente encontrados nas casas de R$ 1,99.
Além disso, guarde-os num local que não pegue sol e nem tampouco umidade, para não estragar o tabaco.


04.    Há alguma maneira de "revitalizar" um fumo que ressecou devido ao excesso de tempo guardado?

Existem  diversas maneiras de se tentar ressuscitar um tabaco ressecado.
Muitas pessoas utilizam as cascas de batata que é neutra, ou então de maçã, ou pêra, deixando-as por uns 3 a 5 dias dentro de um recipiente fechado hermeticamente, até que elas ressequem passando a umidade para o tabaco.
É claro que com isso você terá que controlar sempre a umidade do tabaco, misturando-os diariamente.
Outra maneira é de utilizar um chumaço de algodão levemente umidificado, e colocando-o separado do tabaco, também dentro desse recipiente.  Pode-se colocar o chumaço dentro de uma tampa de refrigerante, ou até mesmo sobre um pedaço pequeno de plástico.
Existem já os umidificadores à venda em boas Tabacarias pra essa finalidade. Veja nesse Site da Dan Pipe e vá para a página 131 com o nome de "Humydrole"  http://www.danpipe.de/pdf/DP2003-e.pdf
Outra maneira também muito prática, é de se espalhar o tabaco ressecado sobre um plástico em cima de uma mesa e levemente molhar com água ou até mesmo com uma solução de água e um "POUCO" de sal, nesses borrificadores de plantas deixando uma nuvem bem fininha.
Qualquer uma destas maneiras, quase sempre se obtém bons resultados, mas se o tabaco estiver totalmente ressecado, dificilmente conseguirá obter o paladar original do mesmo.


05.    O que fazer com a cinza no decorrer da fumada? Vai socando ela compactando com o fumo ainda não queimado no fundo do fornilho, ou retira a cinza e soca apenas o fumo?

Cadum é cadum, e não existe o certo ou errado neste tema, vai da preferência do cachimbeiro.
Eu particularmente quando percebo que o tabaco já foi queimado pela metade do fornilho, uso o cutucador da ferramenta, e levemente faço com que as cinzas queimadas se soltem e faço-as cair girando o cachimbo no sentido contrário do fornilho.  As vezes dou umas batidas bem leves com os dedos, pois acredito que assim, fica mais fácil para reacender o cachimbo e evita aquele gosto amargo do tabaco queimado.


06.    Alguém sabe de algum produto para polir piteiras? Algum material que sirva para polir outros plásticos ou acrílicos e que seja facilmente removido para não ser ingerido nas fumadas.

Pastas de dentes ajudam bastante no brilho das piteiras.  Eu mesmo uso muito esse recurso e posso lhe garantir que ajudam muito tirando quase todas as marcas dos dentes que marcam a boquilha da piteira e dão um bom lustre.
Um outro produto que ajuda também é lustrar as piteiras com chá de camomila.  Não ficam novas mas vale a pena tentar.
Outra alternativa seria massa de polimento que se vende em lojas do ramo, só que precisa ser bem limpa depois para não dar gosto.
Agora se você quer algo mais perfeito sugiro que utilize a cera de carnaúba.  Ai o polimento fica quase que perfeito e sem gosto ruim.


07.    Existem cachimbos femininos?

Os modelos femininos de cachimbos, pelo menos os mais clássicos, são parecidos com os masculinos em geral em briar, mas têm tamanho menor, tanto de fornilho quanto de embocadura, pois assim se adaptam melhor à empunhadura delas e formam uma imagem mais harmônica. Também são privilegiados formatos mais suaves (nunca vi um "bulldog" ou um "rhodesian" femininos).
Há também alguns mais coloridos, com a madeira pintada em cores mais vivas.
Por exemplo, no site da Butz Choquin (só para dar um exemplo de um fabricante bem conhecido por aqui) há uma série de modelos femininos exibidos lá. A maioria dos fabricantes europeus fabricam esses modelos. Aqui é difícil encontrá-los no entanto, pois os importadores brasileiros não os trazem.


08.    Estando com a piteira frouxa do cabo do cachimbo, que faço?

1º) Se a folga for pequena:
Passe um esmalte de unhas incolor na espiga da piteira.

2º) Se a folga for grande:
Ferva a água numa canequinha e coloque a espiga da piteira dentro por alguns segundos, em seguida retire e faça uma pequena pressão na espiga da piteira sobre a pia, desse modo ela fará um engordamento e deixará novamente ajustado o encaixe no cabo do cachimbo.


09.    Uns cachimbos estão começando a ficar com o chamado "sarro" na piteira e no duto do cabo. Que faço?

Um cachimbo adequadamente cuidado, provavelmente durará mais que o dono. Ocasionalmente, o cachimbo pode começar a evidenciar um sabor amargo. Esta ocorrência pode ser conseqüência do desrespeito pelo tempo de descanso exigido pelo cachimbo.

Contudo, também há solução para isto. Primeiro arranje um pouco de sal grosso, álcool etílico (etanol) ou álcool de cereais e um lugar onde possa colocar o cachimbo de uma forma segura. Insira um escovilhão desde a boquilha até ao orifício de aspiração do fornilho, se for o caso retire o filtro para permitir a passagem do escovilhão. Agora insira o sal, até encher na totalidade o fornilho, e perfaça o resto do volume com o álcool.

Tente não entornar álcool no exterior do cachimbo, poderá danificar o acabamento, se deixar cair alguma gota limpe imediatamente. Deixe o cachimbo repousar assim, durante um ou dois dias. Limpe cuidadosamente o sal do fornilho e deixe-o secar convenientemente por uma noite.


10.    Quando se referem ao SMM , é Mild ou o Medium?

É convencionado que SMM é o Medium e SMm o Mild. Ambos são tidos como MIs clássicas, sendo que no SMM o Latakia e Orientais me parecem mais acentuados.


11.    Sinto "pegadas" na língua, isso é normal?

Essas pegadas na língua vem pelo uso de fumos aromatizados que contém propilenoglicol (PG) em excesso e que funciona como umictante, único recurso de manter nele o aroma artificializado quimicamente.  Fumos puros tem menos aroma mas não te farão isso, e veja, nada tem a ver com preço. Puxadas fortes e muito seguidas também influem bastante.


12.    O apagar constante é comum?

Quanto ao apagar isso faz parte do uso do cachimbo e um bom isqueiro específico ajuda bastante, bem como o socador para usar durante a fumada, sem tirar as cinzas queimadas, apenas socando-as levemente de encontro ao tabaco em combustão cada vez que senti-lo morrendo. Leve isso como vantagem de não perder fumo a esmo, o que ocorre principalmente com os cigarros que queimam sozinhos.
Minhas cachimbadas, sempre com três quartos de fornilho,  levam em torno de 60 minutos e acendo e reacendo no mínimo cinco vezes.


13.    Já tentou reumedecer um tabaco que tenha secado?

Por incrível que pareça, jogando água em cima resolve sim o problema.
Deixe-me explicar melhor, caso o tabaco esteja realmente muito ressecado, espalhe-o sobre um saco plástico em cima de uma mesa, e coloque num borrificador água filtrada com uma pitada de sal, e aplique bem levemente sobre o tabaco espalhado.
Deixe de uma noite para o dia seguinte secar e coloque-o num pote que se fecha herméticamente e controle para que o tabaco não crie fungos.
Se por acaso o tabaco estiver um pouco ressecado, coloque um maço de algodão umedecida com água dentro de uma tampinha plástica de refrigerante dentro do pote com o tabaco e espere por alguns dias.
Outro processo que muita gente também usa é das cascas de maçã, ou pêssego, ou até mesmo batata, cenoura, no pote com o tabaco.


14.    Como tirar o sabor do fumo aromatizado que fica no cachimbo?

Fumos aromatizados costumam deixar sua marca por algum tempo e isto acontece em qualquer cachimbo, inclusive nos de meerschaum. Remova com um canivete de pouco fio e sem ponta o carvão acumulado nas paredes do fornilho, umedeça levemente em álcool uma bucha de pano e gira ela no duto do cabo, igualmente um escovilhão e faz um vai-e-vem com ele no duto do fornilho e no duto da piteira. Deixa secando no mínimo uns três dias, com as partes separadas.

Após isso, vai usando fumos mais apurados, preferencialmente MIs. Depois da terceira cachimbada nos diz o resultado.


15.    No Brebbia, é difícil fumar nele porque passa muito pouco ar em sua piteira e faz um chiado estranho, será normal isso?

Possivelmente os dutos estão obstruídos por carvão, tabaco, felpas ou pedaço de escovilhão. Este teu Brebbia seria também para uso de filtros 9mm? Se positivo, observa se o duto do adaptador está coincidente com o da piteira e se positivo, não usa ele muito ajustado adentro a espiga da piteira. Como vês, pode ser uma série de coisas, inclusive defeito de fabricação, o que nos Brebbias não é muito comum.


16.    Ao limpar o fornilho, convém usar algum líquido, tal como água ou whisky embebido em algodão?

Para limpar o fornilho NUNCA use nada líquido, apenas com a colherzinha do conjunto de ferramentas raspe as paredes do fornilho, se preferir passe um guardanapo, mas com cuidado para não retirar a camada de carvão que fica grudada nas paredes do fornilho que ajudarão na criação da camada da crosta de carvão.


17.    Ao terminar uma cachimbada, no fundo do fornilho sempre sobra uma considerável quantidade de fumo não queimado, mesmo depois que inexperientemente se acende o cachimbo várias vezes. É normal esse desperdício?

Esse desperdício, aparentemente pode ter várias causas, entre elas a furação do duto do cabo pode estar um pouco acima da base do fornilho que conseqüentemente dificultará a queima do tabaco; o tabaco que está no fundo pode estar muito prensado que também dificultará a queima; excesso de umidade acumulada na fumada; entre outras.
O ideal é você sempre tentar reacender novamente o cachimbo, deixando sempre esfriar um pouco o mesmo.
Se persistir esse desperdício, então com certeza algum desses fatores acima citados estão confirmados.


18.    Quanto exatamente de tabaco deve ser pressionado?

Para carregar o fornilho não esqueça de fazê-lo no mínimo em três etapas calcando a primeira com a força de uma criança, a segunda com a força de uma mulher e a terceira com a força de um homem pequeno. Quando começar a borbulhar entorna o cachimbo pela boquilha (ponta da piteira) sobre um papel absorvente por alguns segundos ou introduz o escovilhão, também pela boquilha, até onde for possível.


19.    Como deve-se proceder pra fazer uma limpeza pesada no cachimbo, e de quanto em quanto tempo deve-se limpá-lo?

No cabo do cachimbo, onde entra a piteira, usa-se um pano enrolado com álcool (prefiro o de cereais), depois passa-se um outro pano embebido no álcool dentro do fornilho. Tanto no cabo, como no fornilho, deve-se passar e trocar o pano até que não saia sujeira. Então é legal usar daqueles limpadores entrando pelo cabo até sair pelo fornilho, fazendo um vai e vem, o legal é também dobrar esse limpador e faze-lo passar pelo buraquinho do fornilho, dessa forma a limpeza tem uma pressão maior. Use quantos limpadores forem necessários para que o último saia branco. Se necessário, retire um pouco da crosta do carvão do fornilho aproveitando a umidade do álcool com uma faca sem fio e com ponta arredondada, melhor será uma ferramenta apropriada como alguns da Dunhill ou de uma marca italiana que não me recordo, alguns socadores tem essa lâmina. Faça isso com cuidado e delicadeza e depois limpe com bombril alisando com álcool. Deixe o cachimbo descansar pelo menos 3 ou 4 dias, melhor 1 semana sem a piteira. Esta deve ter a limpeza do limpador, pode até usar sabão de coco e passar vários até não sair mais nenhuma cor de sujeira.


20.    Os cachimbos já vem pré-queimados?

Pelo que sei, algumas marcas de cachimbos estão enviando seus cachimbos já pré-queimados para serem revendidos no varejo.
Este processo consiste em o cachimbo após estar pronto, sofrer uma pré-queimada no fornilho em um bico de fogo com a chama média.
Isto vem fazer que as paredes do fornilho fiquem com uma proteção mais consistente para as fumadas, o que facilita inclusive a criação da crosta do carvão nas paredes do fornilho.


21.    Quais são fumos indicados para um iniciante?

Costumamos sempre dizer: kadum, kadum! Se fosse esse iniciante começaria por um chocolate, ou café, ou tropical, ou panetone, todos do Giovanella.
Tentaria uma Mistura Inglesa sem muito Latakia, o Early Morning Pipe da Dunhill por exemplo e nos puros certamente o Light Flake, também da Dunhill.


22.    Existem modelos de cachimbo específicos para tipos determinados de fumo?

Pensamos ser uma coisa muito subjetiva. Fazemos somente uma distinção: fumos fortes carregados em fornilhos pequenos.


23.    Quais são fabricantes nacionais de cachimbo?

São poucos fabricantes em nosso País e na nossa opinião o principal artesão é o Sr. Idelfonsos Bertoldi, de Timbó, Santa Catarina. Em nosso arquivo de Fotos poderás ver alguns cachimbos da sua fábrica.

www.cachimbos.ind.br


24.    Existe uma nomenclatura específica do tipo mestre cachimbeiro?

Quanto a terminologias, se costuma chamar um notório cachimbeiro de Mestre.


25.    Qual é o melhor fabricante de fumo nacional?

Em tabaco nacional o Candido Giovanella, de Curitiba, é o que produz os melhores.

Tbém a  Finamore que é uma empresa de Juiz de Fora/MG muito antiga e uma das últimas restantes no Brasil com foco no público cachimbeiro.
Eles são tradicionais fabricantes de fumos de cachimbo, com algumas marcas tais como "Irlandez", "Finamore", "Cisne Branco" e outras que vc pode facilmente encontrar em pontos de venda tais como padarias no Brasil inteiro. Esses fumos foram muito populares no Brasil especialmente nos anos 70, quando cachimbo era moda e fumos importados eram inacessíveis para aqueles que não viajavam. Com o passar dos anos produtos de melhor qualidade entraram no mercado e os produtos da Finamore se confinaram em um nicho mais popular


26.    Um gosto amargo é soltado pela piteira, que será?

O que recomendo é passar o escovilhão embebido com conhaque, whisky, ou outra bebida de seu gosto para limpar a piteira e o cabo.
Aconselho a todos também, que sempre que comprarem um cachimbo, fazerem uma limpeza antes de queimá-lo pela primeira vez, pois muitas vezes os cachimbos vem com rebarbas pelo cabo e piteira.


27.    Nunca se deve "fumar" mais de uma vez com o mesmo cachimbo por dia. Isto é real?

O ideal é você sempre deixar o cachimbo descansar por 24 horas após cada cachimbada, conservando-o sempre guardado em pé sobre um descanso para cachimbos, e após a sua limpeza.
Isto faz com que a madeira do mesmo venha secar, pois caso contrário você sentirá muita umidade nas suas cachimbadas o que resultará até mesmo na alteração dos sabores dos tabacos.
Se você dá uma cachimbada ao dia, procure ter dois cachimbos; se você dá duas cachimbadas ao dia, então o ideal é ter quatro cachimbos; e assim por diante, pois desta maneira você estará usando no mesmo dia dois cachimbos e no outro dia enquanto esses descansam, os outros dois.


28.    Afinal, este cachimbo Maestro é importado?

O Sr. Idelfonso grava no cabo do cachimbo "Italy" para mostrar que é de briar a madeira utilizada.
Mas seus cachimbos são enviados em uma caixa com sua marca "Bertoldi" indicando a procedência nacional.
O que ocorre é que os lojistas é que agem de má fé, tirando a caixa de papelão dos seus cachimbos e ludibriando os clientes dizendo ser cachimbo italiano.
Este problema já foi passado pra ele e acredito que no futuro ele deva solucionar.

Na verdade o Brasil está muitos anos atrasados em fabricação de cachimbos.
E acredito que a Bertoldi seja o melhor fabricante de cachimbos nacionais, principalmente considerando os da linha Maestro que são fabricados com briar italiano e agora também espanhol, e com as piteiras italianas.
Com certeza daqui alguns anos ele estará muito melhor que anos atrás e hoje, pois ele mesmo tem viajado em busca de novas tecnologias e sua produção tem aumentado sensivelmente, o que vem facilitar para este aprimoramento nesta nobre e escassa arte.

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29.    Se meu cachimbo quebrar, o que faço?

 

Um colega daqui deixou cair seu cachimbo e este partiu no fornilho em dois pedaços.
Como ele tem uma grande estima por este cachimbo, não deu outra, limpou e colou com super bonder.
Esperou alguns dias e já está usando o mesmo a mais de dois meses, sem nenhum problema aparente.
Mais uma pra coleção de vivências do dia-a-dia.


 
30.    O cachimbo está com cheiro de mofo.  O que faço?
 
Se nada fizeres já na segunda cachimbada o cheiro de mofo é mínimo, porém não custa passar antes no duto da piteira, algumas vezes, o escovilhão encharcado no álcool. No fornilho e cabo embuche com um pano velho áspero girando várias vezes. Pegue uma porção de fumo neutro, umedeça levemente com aguardente e coloque neles até a borda por um/dois dias. Após retirar o fumo faça uma boa limpeza usando pano seco, desobstrua bem o duto da fumaça (fornilho/cabo) e deixe descansar por mais um/dois dias.
 
31.    Somente cachimbos caros é que dão boas cachimbadas?
 
"O CACHIMBO BOM É AQUELE COM O QUAL VOCÊ TEM PRAZER EM FUMAR"

Em suma, é isso. Claro que existem alguns pontos técnicos a se observar ao comprar o cachimbo que nos fornecem uma chance maior de acerto, mas mesmo pontos mais "unânimes" são questionáveis. Explico: se alguém tem um cachimbo que é feito de oliveira, ou qualquer outra madeira/raiz mais barata que um dito "excelente" briar, não quer dizer que ele seja necessariamente inferior a este último se o prazer e o "divertimento" que este proporciona ao fumante lhe são de bom tamanho.

Isso não quer dizer que gastar R$200 ou mais em um cachimbo que vc ache bonito só pq é briar lhe garanta uma boa fumada, assim como um cachimbo Bertoldi de R$15 feito de outra madeira não é certeza de uma experiência ruim, que o diga a Grevílea. 

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Eu pessoalmente gosto do briar pela textura ao toque e por não deixar qualquer sabor na fumada, mas se alguém gostar do sabor de uma determinada madeira, qual o problema nisso?

Dicas ajudam, mas a experiência própria e a experimentação são insubstituíveis, portanto eu gostaria de fazer uma única recomendação aos nossos confrades amigos novatos:

RELAXEM E APROVEITEM!


  
32.    Qual a melhor maneira de acender um cachimbo, os fósforos ou isqueiros?
 
Não existem regras para determinar a melhor maneira.  O mais importante é cada pessoa se adapte a cada tipo em questão. 
Para aqueles que preferirem usar os fósforos, aconselho que após riscarem o palito, esperem o consumo do enxofre que fica na ponta do mesmo para depois então acender o tabaco dentro do fornilho.  Isto vai fazer com que o tabaco não pegue aquele cheiro desagradável do enxofre e não sofra modificações no paladar do tabaco.
Para aqueles que preferirem o uso dos isqueiros, observem que os mais recomendados são aqueles em que a chama sai lateralmente, para não prejudicar as paredes da cabeça do fornilho. 
Uma outra coisa, prefiram sempre isqueiros à gás, pois os tipo "Zippo" que são com fluídos deixam um gosto de querosene no tabaco, modificando muito o paladar do mesmo.
Outra coisinha também, evitem os isqueiros "maçaricos", pois estes são perigosos para queimar as paredes da cabeça do fornilho.

  
33.    Referindo a cachimbos, qual o significado de  "free-hands"?
 
Um "freehand" é simplesmente um cachimbo individualmente feito a mão por um artesão. Sua forma é determinada pela matéria-prima empregada e pelo conhecimento que o artesão possui do que melhor pode ser obtido a partir dela. Ele pode ter, ou não ter, semelhança a qualquer formato padrão. Ou seja, os "free-hands" ou "a mão livre" são cachimbos literalmente entalhados/feitos a mão, ou com um minimo de maquinário utilizado (normalmente apenas furação), portanto, a reprodução de um cachimbo "free-hand" exatamente igual a outro é praticamente impossível. Portanto, free-hand não é um modêlo, mas sim, uma forma de criação/produção. 

  
34.    Qual seria o têrmo correto, "fumo ou tabaco "?
 
Antes de mais nada gostaria de corrigir o têrmo "fumo", pois ninguém de nós compra "fumo" para cachimbo e sim "tabaco" para cachimbo.
O "fumo" é a plantação que por sua vez colhida e industrializada tem como seu produto final o tabaco, que nos proporciona muitos prazeres.

35.    Como proceder a "limpeza" de um  cachimbo de Meerschaum?

NUNCA, JAMAIS use qualquer produto na limpeza no Meerschaum, você poderá danificá-lo, tanto estéticamente quanto superficialmente.
O material é poroso, o que proporciona a absorção da nicotina (dando a colorização característica, com o tempo ao cachimbo) e também proporcionar uma fumada mais fria.
O que pode ser utilizado para limpeza é um pano de flanela, para a parte externa, escovilhão para a piteira e cabo do cachimbo, e um papel absorvente (guardanapo, papel toalha, papel higiênico) no interior do fornilho.
A vantagem deste cachimbo é a não necessidade de se esperar 24 horas para poder fuma-lo novamente, como é feito nos de briar.
Quanto a rosca, é normal ter neste tipo de cachimbo, para poder dar encaixe a piteira. Só tenha o cuidado de remover vagarosamente, para nao quebrar a rosca no interior do cabo, ou também para que a fumada não derreta o material (que acredito ser nylon) na ponta da piteira.
Se, por um acaso houver acumulo de carvão no interior do fornilho, use uma lixa d´agua, a mais fina disponível para remover o excesso.
Para o processo de colorização (deixa-lo "moreno"), existem várias receitas, uma é esperar durante muitos e muitos anos, outra é de adquirir cera de abelha (pura), deixá-la líquida em "banho-maria", e mergulhar o cachimbo (sem piteira e com os orificios devidamente protegidos), dentro do conteúdo.
Secando a seguir com um secador de cabelos para remover o excesso... Existe uma outra ainda que é "defuma-lo" em uma câmara lacrada, ou seja, colocar o cachimbo dentro de um recipiente de vidro, vedado com tubulações de comunicação, por onde deve-se soprar (para o interior do recipiente) a fumaça consequente de fumada com outro cachimbo... (haja paciencia!!!)
Eu possuo 4 cachimbos de meerschaum, um com o busto de um bode, outro do Sherlock Holmes, um grande com o busto de pirata e outro Calabash...
Tentei essa experiencia de amorenamento com cera em dois deles e ficaram muito bons.
Só recomendo que, para uma homogenização em toda a superfície, sempre tome o cuidado de fuma-lo com as mãos bem limpas, pois a oleosidade pode deixar marcas. Há os que prefiram fuma-lo com luvas, ou com lenços, para garantir uma coloração homogenea, eu, particularmente não tenho essa paciencia e "requinte"... Boas cachimbadas!!!


36.    Que vem a ser Tabaco tipo "CAVENDISH"

Existe em princípio, entre fumantes e amantes do cachimbo, uma terna desavença, no que tange aos fumos Cavendish.
Um dos grupos defende acirradamente que os fumos Cavendish são derivados de uma certa mistura de tabacos, e o outro se contrapõe afirmando que esse nome se deriva de um tratamento especial dado ao fumo por ocasião da secagem e cura, e mais especificamente pelo seu corte. Bem, ... os dois tem razão. O Cavendish é um fumo especial, de origem holandesa, que sempre foi cortado de forma particular. Algumas marcas de fumo usam com frequência esta combinação e a cortam do modo Cavendish, para diferenciá-la de outras marcas.
O processamento do Cavendish é elaborado, lento, e requer muito conhecimento dos métodos empregado. Um "feeling" do mestre curador sempre é desejável. A cura tem início logo na chegada do fumo e é feita com vapor, o que afrouxa as estruturas das folhas, abrindo os estômatos e deixando-as preparadas para serem aromatizadas. Uma vez agregados os aromas, a mistura é colocada em formas e fortemente prensada, formando tortas. Deixadas em repouso por um longo tempo, elas voltam a fermentar, o que dá o sabor e suavidade que sempre se espera de um Cavendish. Terminado o período de repouso, as tortas são cortadas pelo método Cavendish, que dá origem a um fumo em fios longos, que ardem com facilidade e frescor, oferecendo um fumar muito especial.


37.    Piteira Quebrada... aonde mando consertar?

No Rio de Janeiro: Josias - Rua Uruguaiana, 118 sala 608 Tel: (21) 2221-1019/3852-7643

Em São Paulo:

Em Santa Catarina: Bertoldi - Rua Blumenau, 996 Timbó/SC Tel:(47) 382-0897 

www.cachimbos.ind.br

Em Curitiba:

Em Porto Alegre:


38.    Tragar ou Puxar?

Seguindo uma conversa que se desenvolvia aqui anteriormente, gostaria de alertar quanto ao aspecto tragar ou puxar.
Em diversas pesquisas que realizei na internet, e se bem me recordo, cheguei a postar aqui algumas traduções que fiz de estudos médicos, o tragar cachimbo/charuto é muito mais prejudicial do que tragar cigarros.
É preciso saber que o tabaco destinado ao cachimbo e ao charuto, também possui uma quantidade de química considerável (não me recordo com precisão, mas era algo em torno de 15/20 componentes), e este tipo de tabaco é preparado de modo que a nicotina seja absorvida
pelas mucosas da boca.
Já o tabaco e o papel tratado destinado ao cigarros possuem componentes químicos em número bem maior (por volta de 40 ou mais) e é preparado de modo que a nicotina seja absorvida pelas mucosas dos pulmões.
Assim, a sensação de que o tabaco de cachimbo/charuto é mais "forte" se deve ao fato de que quando tragado ele está sendo absorvido por duas superfícies ao mesmo tempo, sendo que uma delas (faringe/laringe e pulmões) é bem mais sensível a potência da nicotina e outros maleféicios do que as mucosas bucais.


39.    Piteira Quebrada... Como continuar usando?

Existe a possibilidade de se retirar os "destrocos" da sua piteira e fazer uma nova. Talvez o sr Ildelfonso(37) possa fazer uma de chifre para vc.
Se vc preferir manter o cachimbo, digamos assim, original, sugiro q vc cole novamente a piteira e vá usando-o assim mesmo.
Então surge o problema da limpeza. Se o condensador estiver no lugar fica mais difihcil, pois vc nao vai conseguir limpa-lo. a piteira pode ser limpa, até onde possivel, pela introdução de um escovilhao pelo bocal.
O duto vai dar um pouco mais de trabalho, mas creio q vc pode fazer o seguinte: arrume um arame de aço, fino, com mais ou menos 15 cm e um pedaço de barbante. Use o arame para introduzir o barbante, a partir do fornilho e passando pelo furo no fundo deste, no duto. deixe lah o barbante por algum tempo para q ele absorva o q puder de umidade. Passado este tempo, puxe o barbante pela outra ponta.
Não vai resultar uma limpeza 100%, mas dá prá quebrar o galho.
Deixe-o sem uso, com o fornilho virado para cima, para q o resto de humidade evapore.
Deixe-o em descanso por mais tempo, digamos aí umas duas semanas.
É um jeito trabalhoso, mas acho q dah para vc recuperar o seu cachimbo. Talvez algum dos confrades tenha uma solução melhor, mas esta é a que me ocorre no momento.
Uso um barbante para limpar um calabash que não permite a introdução de escovilhão por ter um duto muito curvo, com bons resultados.

Quem sabe se vc escrever para o fabricante vc consegue uma outra piteira?


40.    Como posso identificar se um cachimbo é de boa ou má qualidade?

A primeira coisa que deves verificar é a procedência. Bons fabricantes e artesãos costumam dar garantia da procedência de seus produtos, tanto de material quanto de manufatura.
Um segundo passo a ser seguido é ter paciência. Procure analisar com calma a feitura do cachimbo que pretendas adquirir. Sob luz adequada, procure por defeitos externos (enchimentos, rachaduras, arranhões, lascados) por menores que sejam. Sempre sob luz adequada, verifique também o interior do fornilho a procura de defeitos e o posicionamento da furação. Cachimbos cuja furação chega muito alta no fornilho não são cachimbos bem feitos.
Agora, com o auxílio de um escovilhão analise o duto. Ele deve ter perfeito alinhamento entre a piteira e o corpo do cachimbo. Tenha em mente a dificuldade de passar o escovilhão pelo duto, ela não deve ser muito difícil. Lembre-se que cachimbos em que é difícil passar o escovilhão são cachimbos problemáticos de serem limpos.
Verifique agora o encaixe da espiga. Ela não deve ser muito solta nem tampouco ranger quando for retirada/inserida. Tenha cuidado com cachimbos muito duros porque muito provavelmente a espiga se quebrará mais cedo ou mais tarde.
Depois, dê uma olhada nas formas do seu cachimbos. Ele deve ser o mais simétrico e alinhado possível. Já tive a oportunidade de ter visto um cachimbo importado cujo cabo era ligeiramente fora de centro em relação ao fornilho. O fornilho deve ser perfeitamente simétrico e suas paredes com espessura igual por todo o seu redor.
Finalmente passe ao aspecto subjetivo da compra (relação preço/benefício, forma, côr, tamanho, peso, material, filtro) cujas preferências somente você poderá estabelecer para a sua decisão.


41.    Fornilho de cerâmica

Existem sim, aliás os mais clássicos!

Calabashes tradicionais são feitos de cabaça africana com uma inserção de espuma do mar (meerschaum, ecume, silicato de magnésia, escolham o nome vocês), MAS é muito comum encontrar calabashes com a inserção de cerâmica. Alias, agora que as cabaças africanas estão desaparecendo por razões economicas, o corpo também está sendo substituído por madeira, muitas vezes mogno (esses cachimbos são muito mais baratos do que os calabashes tradicionais de cabaça e meerschaum). Deveriamos produzir as cabaças aqui no Brasil! Se dá na Africa dá no Brasil com certeza! Aí podiamos até mudar o nome de Calabash pra Cabacinha, que tal?
Fora isso existem os tradicionalissimos cachimbos holandeses inteiramente de cerâmica. O material era o mais usado do século XVII até o XIX, quando foram introduzidos a urze e a espuma do mar. Os modelos tradicionais são aqueles longos com design, look & feel século XVIII, ainda em produção hoje por firmas tradicionais como a Royal Goedewaagen e a Zenith. Ambas produziram também cachimbos lindos em formato Calabash inteiramente feitos de cerâmica, especificamente a Zenith lançou um modelo com parede dupla e isolada para terminar com o problema do calor.
Quanto a esquentar, não posso falar em primeira pessoa. Estou doido pra ter um destes cachimbos ma$$$$ ainda não con$$$egui achar um que me $$$$atisfizesse :}
O que dizem os sites é que a cerâmica esquenta mesmo, mas não prejudica a fumada. Alias dizem que o fumo chega frio à boca apesar da temperatura elevada do fornilho. Sei-lá, ler é uma coisa, provar é outra. Quando eu con$eguir o meu informarei melhor minhas impressões.
Apesar de ser um material frágil (caiu quebrou!) ainda acho que deve ser excelente: fácil de limpar e não deve dar gosto nenhum ao fumo.


42.    Qual a diferença entre Tabaco Aromático e Aromatizados?

Aromático
Tabaco que produz aroma agradável ao ser queimado. O Tabaco Aromático tem o aroma e paladar modificado naturalmente através da defumação e cozimento no processo de sua fabricação. 

Exemplos de tabacos aromáticos:Indian Summer da Amish People; Mixture, Mixture Light e Navy Flake, da Mac Baren; Royal Yatch; entre outros. 

Aromatizados
Nome genérico de um grupo de substâncias naturais ou artificiais que são adicionadas a tabacos de características não acentuadas, em uma ou mais fases de sua elaboração, com a finalidade de lhe melhorar o aroma.

Exemplos de tabacos aromatizados:
Todos os da Captain Black; todos da Borkum Riff; todos da Amphora; com exceção do Alemão, todos os demais do Cândido Giovanella; todos do Tobbac; entre tantos os outros.


Aromatização
Processo de aplicação de aromatizantes.


43.    Existe alguma "técnica especial" para os Tabacos Aromatizados?

Todo tabaco aromatizado precisa de umas dicas especiais, que tentarei passá-las:

1º) Ao abrir o pacote, separe uma quantidade que seja suficiente para carregar um fornilho e deixe por meia hora em cima de alguma mesa, ou escrivaninha, ou móvel qualquer; para que este perca um pouco da sua umidade excessiva;

2º) Ao carregar o tabaco no fornilho, tome cuidado para que este não fique muito prensado, procure deixá-lo um pouco mais frouxo;

3º) Depois que você carregar o tabaco, com o cutucador do conjunto de ferramantas, introduza no canto da parede do fornilho e levante o tabaco, deixando-o um espaço no fundo do fornilho;

4º) Em seguida, desmonte o cabo da piteira, e introduza o cutucador do conjunto de ferramenteas pelo cabo, empurrando o resíduo de tabaco para o fundo do fornilho;

5º) Depois de montar novamente o cabo à piteira, acenda o tabaco fazendo com que o acendimento fique completamente parelho na superfície;

6º) Depois de aceso, com o socador do conjunto de ferramentas, soque levemente o tabaco queimado para que fique bem uniforme;

7º) Depois disso, dê puxadas bem suaves e em espaços um pouco mais longos que de costume; (sei que está pensando, mas ai é que vai apagar, fique sossegado, se você tiver feito as etapas acima com precisão, isso não acontecerá);

8º) Vá sempre retirando as cinzas queimadas do fornilho com o auxílio do cutucador do conjunto de ferramentas, evitando um super aquecimento, e também refrigerando mais o fornilho;

9º) Feito tudo isso, então, sente-se bem confortavelmente numa poltrona, coloque uma música bem agradável, pegue um livro ou revista que gosta, e curta sua cachimbada vendo a grama crescer :-)


44.    Quando surgiu o cachimbo de briar?

Caros CA's

Esta é uma história anônima que dá conta de como o briar foi primeiramente usado na fabricação de cachimbos. Extraida do livro "The Book of Pipes and Tobacco" por Carl Ehwa Jr.

"Era uma vez um oficial francês que estava viajando de volta de Genebra para a França através das Montanhas Jura, quando uma poderosa tempestade obrigou sua comitiva a procurar refúgio em uma estalagem na pequena cidade francesa de Saint Claude, no sudeste da França. Após o jantar ele se dirigiu ao seu quarto para pegar seu cachimbo de espuma do mar e seu tabaco e percebeu que o cachimbo havia se quebrado durante a acidentada travessia das estradas da montanha. Sabedor que os cidadãos de St. Claude eram exímios artesões de madeira, ele tomou de seu cachimbo e o levou ao
estalajadeiro e perguntou se ele conhecia alguém que fosse capaz de consertá-lo. O velho disse que talvez pudesse encontar alguém. Com as peças do cachimbo quebrado no bolso de seu casaco, ele foi até um amigo que era um dos mais hábeis artesões da vila. O homem olhou o cachimbo estilhaçado e não conseguiu imaginar uma boa maneira de consertá-lo; então, em vez de desapontar o nobre cavalheiro ele decidiu fazer um cachimbo de madeira.
Percebendo que a madeira de carvalho e de nogueira nunca poderiam se comparar com a espuma do mar, ele tirou da estufa onde estava envelhecendo uma peça pouco usual - um nó (ou excrescência como diz o Carlos Martins = N.T.) de urze branca, em francês "bruyére", que lhe havia sido trazido da costa do Mediterrâneo por seu filho. Parecia uma noz grande e áspera. Era extremamente dura e por causa de sua aparência pouco usual, ele imaginou que daria um cachimbo diferente. O estalajadeiro foi enviado de volta para
dizer ao nobre senhor que ele teria de esperar até a manhã seguinte para ter seu cachimbo. O conde levantou-se cedo para prosseguir a viagem e encontrou um artesão cansado esperando por ele. Desculpando-se por ter sido incapaz de consertar o "meerschaum", ele tirou de uma sacola de pano o lindo cachimbo que havia feito do nó da madeira. O bloco havia sido escovado e polido com a crosta rústica deixada intacta e um fornilho havia sido furado no centro e a piteira ambar do "meerschaum" adaptada a ele. O conde ficou entusiasmado como este cachimbo tão diferente que imediatamente
encheu o fornilho. A medida que fumava, seu sorriso de satisfação mostrava a todos na sala que estava satisfeito com o serviço que lhe havia sido prestado. Antes de deixar St. Claude, o viajante pagou regiamente ao artesão e lhe agradeceu profusamente pelos seus esforços. A medida que o tempo passava, mais e mais viajantes perguntavam em St. Claude pelos cachimbos de raiz de "bruyére", e logo os arteões estavam envolvidos em um novo negócio - um que algum dia tornaria o nome de St. Claude sinônimo de finos cachimbos de briar."


45.    A origem do Churchwarden... sem uma resposta definitiva

Capitain Kilowatt (EUA)
Que ele sempre leu que alguns clamam a Charles Dickens a autoria do nome "Churchwarden" e que ainda que não haja provas ele ajudou a tornar o nome popular

Hoosier Daddy (EUA)
Ele também se pergunta a respeito e além de significar cachimbo longo a outra definição seria a de responsáveis nas igrejas anglicanas principalmente pelas propriedades da paróquia e almas.
 
Jon (Australia)
Ele teria lido em algum lugar que quando nos dias em que fumar em igrejas era permitido o longo cabo era usado de modo que o fornilho pudesse repousar atrás, no banco da igreja em frente a você.
 
Cos-X (Grécia)
O Cos-X teria ouvido duas razões:
Que os churwardens, homens que eram responsáveis pelas igrejas tinham por hábito usar este tipo de cachimbo e que eles também usavam um instrumento longo que era usado para apagar as velas nas igrejas.
Ele teria um desses instrumentos (um cabo longo com uma espécie de sino de latão na ponta), e que realmente ele se pareceria muito com um cachimbo
Churchwarden.

Sean Leprechaun (Iralanda do Norte)
Ele se dirige ao Jon e diz que teria ouvido explicação similar a que ele sugeriu e que nos dias em que o cachimbo era permitido nas igrejas o longo cabo permitia que ficassem descansando no peitoril das janelas com o fornilho do lado de fora de modo a não encher a igreja com fumaça. Ele também acha esta versão muito improvável, mas foi o que teria ouvido.
 
Regor (EUA)
Ele não tinha ideia alguma a respeito a não ser o que havia acabado de ler e que tinha gostado das histórias. Ele conta também que tinha um dedicado somente ao Three Nuns e que eram muito confortáveis quando ele se sentava na cadeira reclinável e apoiava o cachimbo entre o peito e a linha de cintura.

Mimizuko No Lew (Inglaterra)
Enviou uma foto da peça usada para apagar velas nas igrejas

Antony (Inglaterra)
Afirma que as histórias a respeito de pousar os cachimbos em peitoris de janelas e encostos de bancos de igreja são pura fantasia e que se forem verificadas estas construções nenhuma das opções são viáveis.
Ele acredita que a origem do nome seja desconhecida mas que a idéia de pessoas fumando constantemente o mesmo cachimbo e a similaridade com o objeto de apagar velas soam mais plausíveis.
Informa também que o nome original destes cachimbos era de fato "cachimbos de taverna" e a ideia era de ser reaproveitáveis.
Quando o João terminasse a sua fumada e quisesse deixar alguma para mais tarde, o finalzinho do cabo era quebrado e re-selado com cêra.
Obviamente que longos cabos permitiam diversas reutilizações fazendo a fumada mais barata.


46.    Como aplicar a cera de Carnaúba?

Se você mora em São Paulo o local mais fácil de encontrar cêra de carnaúba é na Rua do Gasômetro. Mas qualquer loja que venda material para marcenaria tem.
Quanto ao preparado que cito, eu costumo fazer de "olhômetro", mas a fómula é a seguinte:

- 50 gr de cêra de abelha
- 100 gr de cêra de carnaúba
- 1 a 2 colheres de sopa de terebentina

Dentro de uma vasilha em banho maria coloque as cêras e um pouco da terebentina (mais terebentina = mais mole / menos terebentina = menos mole). Aqueça com CUIDADO (não se esqueça que você está lidando com produtos inflamáveis), até obter uma consistência líquida.
Despeje o resultado em uma latinha com tampa de boca larga e espere esfriar.
Este preparado me foi dado por um velho marceneiro e é usado na recuperação/manutenção de madeiras e móveis.
Na realidade até que é muita "frescura" para um cachimbo, mas como costumo fazê-lo para passar nos móveis daqui de casa (eles se estragam mais facilmente aqui no litoral) acabo usando nos meus cachimbos também.

CA Carlos Martins