CACHIMBO

CA Castro

Fumar cachimbo é adaptar um ritual ocioso de descontração e prazer, que requer atenção, destreza e conhecimento. Talvez seja esta a razão que leva a generalidade das pessoas associe o cachimbo a pessoas nobres e profissionais.

O cachimbo, embora partilhe algumas similaridades com o charuto e os cigarros, é muito diferente. Um cachimbo é muito mais difícil de fumar, pois requer mais que uma boca e um fósforo. É necessário dominar alguns artifícios, como o de encher o fornilho, acender eficazmente e o ritmo de fumar para o manter aceso, para poder apreciar o verdadeiro sabor dos tabacos.

Uma das vantagens que o cachimbo tem sobre o charuto e o cigarro, é a quantidade de tabacos disponíveis, existem milhares de marcas com inúmeras misturas e diversos tipos de tabaco, que, por sua vez podem potenciais componentes de misturas caseiras.

Embora o sabor do tabaco varie com a região de produção e seu processo de obtenção, os charutos têm um aroma muito similar. Estou, apenas, a referir-me aos charutos com qualidade comprovada, e não daqueles "embrulhados" em plástico, cuja qualidade é muito duvidosa.

Esta limitação aromática talvez se deva à restrição geográfica de cultivo. No que toca às regiões produtoras de tabaco para cachimbo, estas são numerosas. Por exemplo: o Latakia, um tabaco oriental bastante conhecido pelos fumadores de cachimbo, é curado sobre uma fogueira de madeiras exóticas, o que lhe confere um sabor único; o Perique, um tabaco da Louisiana/USA, que é fermentado, demonstra um sabor apimentado com passas, o Xanthi, um tabaco turco, evidencia um aroma complexo a avelãs tostadas...

Esta diversidade aromática dos tabacos é, adicionalmente, incrementada pelos métodos de secagem, prensagem e corte, que são diversos e, todos eles proporcionando diferentes aromas. Para além do tabaco, por vezes existe a adição de essências aromáticas, como a baunilha e a cereja.

Numa analogia feliz, a diferença entre fumar charuto e cachimbo é a mesma de uma imagem de um televisor a preto e branco e a de um televisor a cores. Esta definição aromática abrange apenas os charutos e tabacos para cachimbo, pois não posso considerar que um "naco" de tabaco cheio de aditivos enrolado em papel embebido em alcatrão, denominados por cigarros, possam ter sabor.

A beleza de um cachimbo é indiscutível. Mesmo que não seja um verdadeiro conhecedor de cachimbos, certamente, conseguirá apreciar um. E o melhor, é que depois de acabar de fumar ainda o pode guardar, e apreciá-lo vezes sem conta. O próprio cachimbo é uma forma de arte, muitos deles brotam zelosamente das mãos de um artesão. São vários os aspectos a considerar no cachimbo, o material (urze, espuma do mar, espiga de milho, porcelana...), o formato do fornilho ou da haste, o ângulo do pescoço o sistema de arrefecimento (cooler). O que o torna num instrumento de precisão ao qual se alia uma hipotética beleza extraordinária.

Apesar da idéia que a generalidade das pessoas tem sobre o aspecto econômico de fumar cachimbo, este é, possivelmente, o mais barato. Para um fumador regular de cigarros que fume pelo menos um maço de cigarros por dia gastará em média 8.15  por semana, um fumador regular de cachimbo gasta cerca de 5.00  por semana, isto quando nos referimos a um bom tabaco de cachimbo. Em relação ao charuto nem vale a pena contrapor muitos argumentos, um bom charuto custa pelo menos 7.50 .

Uma das grandes desvantagens de fumar cachimbo, para além de todos aqueles "truques" de encher e manter aceso o cachimbo, é a necessidade de trazer algum equipamento conosco sempre que saímos, uma bolsa que deve conter o cachimbo, o tabaco, um calcador, um isqueiro e alguns escovilhões. No entanto dispensa-se, por um maior período de tempo, um outro item que é necessário a todas as outras formas de fumar, e que é consideravelmente mais volumoso, o cinzeiro.

A limpeza do cachimbo, também se pode tornar um pouco maçadora, mas quando se ganha prática este ritual acaba por passar despercebido.

Em termos de saúde, não podemos afirmar que o cachimbo é inócuo de fumar. No entanto, fumar cachimbo, tal como o charuto, é menos prejudicial que os cigarros, sobretudo se não inalarmos o fumo. Enquanto fumamos cigarros somos obrigados a inalar gases provenientes da combustão do papel que contém diversos químicos para auxiliarem uma combustão ordenada e uniforme, como o alcatrão. Mais, o tabaco usado nos cigarros é, normalmente, de fraca qualidade e contém diversos aditivos químicos para melhorarem as suas propriedades de queima, tal como o amoníaco, substância que causa uma grande dependência.

Tenha em atenção uma coisa, apesar de todo o prazer que possa ter em fumar, existem pessoas que não pareciam minimamente as suas opções ociosas, não as obrigue a inalar o seu fumo, principalmente quando estão em causa crianças. Dois dos requisitos de um bom fumador de cachimbo são o respeito e a educação.

 


 

INICIAÇÃO AO CACHIMBO

Fumar cachimbo é uma arte. Parece um pouco pretensioso, mas na verdade este é um ritual um pouco complexo que necessita de experiência e muita vontade.
Este pequeno manual serve para o ajudar na iniciação na Arte do Cachimbo.

 

1.    O PRIMEIRO CACHIMBO

A escolha de um cachimbo parece um pouco complexa, e na realidade é. A consciência de certos e determinados pormenores associada a uma curiosidade extrema e uma fraca definição de gostos pode albergar uma escolha muito complexa. O primeiro cachimbo é apenas o ponto de partida para pesquisas posteriores, quase que podemos afirmar que o primeiro cachimbo pode ser um qualquer, mas também não é assim tão simples, existem alguns cachimbos a evitar.

Material
Como primeiro cachimbo, provavelmente deseja um cachimbo "Briar" (também denominado por cachimbo "Brier" ou "Bruyère"), "Briar" é a denominação britânica para a madeira da raiz, mais exatamente da zona entre a raiz e o tronco (vulgarmente conhecido como o "cepo"), de Urze Branca (Erica arborea), uma árvore pequena que cresce na região mediterrânea. A raiz da urze branca tem uma grande longevidade, resistência ao calor e uma boa aparência.

Existem outros materiais para fazer cachimbos como barro, espuma do mar (sepiolite) ou porcelana, no entanto, estes são materiais frágeis, com fracas características de queima e não são tão fáceis de usar como os cachimbos "Briar".

Os cachimbos de espiga de milho são a opção menos cara para o primeiro cachimbo, e são uma boa alternativa aos cachimbos "Briar", contudo, estes cachimbos têm, normalmente, fornilhos bastante pequenos (o fornilho é a recipiente do cachimbo onde se coloca o tabaco) e hastes de plástico frágil (a parte do cachimbo que se coloca na boca, por vezes denominada por boquilha) que se torna fácil de perfurar com os dentes.

A maior parte dos cachimbos "Briar" têm hastes feitas de vulcanite (ebonite) ou lucite (acrílico), qualquer um destes materiais é aceitável, a escolha de um destes materiais prende-se apenas com o gosto pessoal. A vulcanite é mais macia, o que a torna mais confortável, no entanto a lucite tem um tempo de vida superior e resiste mais eficazmente à oxidação.

Preços
Os preços dos cachimbos têm uma amplitude bastante elevada, desde uma mera dezena até alguns milhares de Euros.

Para o primeiro cachimbo não convém comprar dos mais caros resigne-se aos que estão mais abaixo na tabela de preços, mas não os mais baratos, os ideais encontram-se entre os 25 a 50 Euros.

Tente informar-se o melhor possível sobre o que está a comprar, questione quem o estiver a atender na tabacaria, e vá pedindo conselhos. Normalmente, estes sabem o que estão a vender. Tente comprar cachimbos em lojas da especialidade, e evite comprar em Freeshop's, grandes supermercados ou outros estabelecimentos do gênero.


Não se esqueça de comprar escovilhões cônicos de algodão, para limpar o cachimbo, e um calcador, para o ajudar a limpar o cachimbo e calcar o tabaco. Estes itens são necessários.

Marcas
Existem inúmeras marcas de cachimbos com grande reputação como a Peterson, Dunhill, Larsen...

Se encontrar um cachimbo destas marcas a um preço acessível não hesite, mas pode sempre optar por marcas com um pouco menos de excelência como a Big Ben, Hilson, Amphora... Estas marcas são geralmente mais acessíveis e a qualidade é razoável, o que os torna ideais para serem o seu primeiro cachimbo.

Tamanho
Não convém que compre aqueles cachimbos com um fornilho pequeno, pois estes tendem a aquecer bastante, enquanto fuma, no entanto, não opte por um cachimbo de fornilho grande, estes exigem alguma prática para os manter acesos, o que se pode tornar difícil para um fumador com pouca experiência.

Filtros
Os filtros não são necessários se não desejar inalar o fumo. Se desejar inalar o fumo, ou seja, "travar", a compra de um cachimbo com filtro não é má idéia.

Uma das contrariedades dos filtros reside na influência prejudicial que estes possuem no sabor original do tabaco, para que este não afete o sabor do tabaco é imprescindível que se encontrem meticulosamente limpos.

Na Europa, o uso de filtros é bastante comum, sobretudo o filtro com 9mm de diâmetro. Não existe qualquer problema em usar filtros, desde que estejam, convenientemente, limpos. Porém, nem tudo são defeitos, o uso de filtros reduz a presença de saliva no cachimbo (impedindo que esta se instale no fornilho, misturada com o tabaco ou que escorra pela boquilha), retém parte da nicotina e algumas substâncias nocivas produzidas na combustão do tabaco e arrefece o fumo, diminuindo a irritação na boca originada pelo tabaco.

Formas
A escolha da forma do cachimbo prende-se apenas com o gosto pessoal. A maior parte dos fumadores de cachimbo preferem cachimbos curvados, pois "penduram-se" melhor na boca, ou seja, são mais confortáveis. Os cachimbos direitos, embora não tão confortáveis, são mais fáceis de arrumar e de limpar.

Seconds
"Seconds" é termo inglês que caracteriza os cachimbos de marca que possuam alguma falha na sua concepção, vulgarmente associada ao aspecto, e que assim não merece ter o nome do fabricante.

Normalmente estes cachimbos "second" vêem apenas timbrados com a frase "Imported Briar", ou algo similar, no caso da Peterson vêem como "Peterson's Irish Seconds". Assim, pode encontrar bons cachimbos a preços reduzidos, que apenas possuem pequenas falhas estéticas.

 

2.    O PRIMEIRO TABACO

Que tabaco devo escolher? Esta é uma pergunta muito complexa. Se a sua experiência se reduz a cigarros e charutos a escolha vai ser muito complicada.

A diversidade de tabacos para cachimbo é fenomenal. O sabor do tabaco não é influenciado apenas pelos compostos e estado do tabaco, existem inúmero fatores envolvidos, tais como a forma de cachimbo e o tipo de corte do tabaco.

A única maneira de maneira de encontrar o tabaco ideal é experimentando. Mas tenho cuidado, veja se o tabaco está em condições. Apesar da longevidade do tabaco ser enorme, alguns já se encontram nas tabacarias há muito tempo, e alguns destes não são devidamente selados, e não mantêm a umidade, nem o sabor original. Primeiro verifique se a embalagem está em boas condições, e se existe alguma referência na embalagem à selagem do produto. Se este se apresentar em lata, tenha cuidado apenas com a idade do tabaco.

É, também, evidente que os tabacos a preços mais acessíveis sejam feitos de uma matéria-prima de menor qualidade e recorrem a uma maior variedade de aditivos para melhorar as suas características (normalmente estes são aromatizados). Mas não seja extremamente zeloso, pois pode estar a dar uma quantia exagerada por tabaco que não aprecia minimamente.

A maior parte dos fumadores de cachimbo estão constantemente na demanda pelo "Santo Graal", o tabaco perfeito. Para facilitar o início da procura escolha o tipo de tabaco que prefere, adocicado, aromatizado, suave... A escolha é sua. Cada tipo de tabaco tem características diferentes. Vou definir alguns, de maneira de auxiliá-lo nesta "busca".

Aromáticos vs. não aromáticos
Estas são as duas grandes subdivisões de tabaco para cachimbo. Regra geral, todos os fumadores recentes tendem a optar pelos tabacos aromáticos, com aromas de baunilha, cereja... enquanto que aqueles que já fumavam cigarros tendem a escolher os tabacos não aromáticos ou naturais.

Aromáticos
Um bom tabaco aromático é suavemente aromatizado, nunca em excesso. Os tabacos que proporcionam este tipo de mistura são mais úmidos que os não aromáticos. Este tipo de mistura requer grandes cuidados na preparação do tabaco e no enchimento do cachimbo.

Não aromáticos
Estes tabacos não contêm qualquer aditivo aromatizante, melhor ainda, estes tabacos normalmente não contêm quaisquer aditivos, para além de água. Por vezes os tabacos não aromáticos vêem definidos como tabacos Ingleses ("English Tabacco").

Tipos de tabaco mais comuns

Burley.
Tabaco com baixa quantidade de açúcar e alto teor de nicotina. Esta qualidade de tabaco tem uma combustão lenta com um aroma subtil. O Burley é muito usado como base para misturas aromáticas ou para diminuir a velocidade de combustão de uma mistura de tabacos.
Latakia.
Um tabaco especiaria que é curado através do fumo de determinados tipos de madeira. Tem um sabor único e bastante forte, não causa qualquer indiferença ao fumador, ou se adora ou se detesta. O Latakia é usado nas misturas para dar corpo e acentuar o seu sabor.
Orientais.
São por definição os tabacos que são cultivados na região leste do Mediterrâneo, incluem-se nesta categoria vários tabacos turcos e o Latakia. Uma mistura oriental é composta por vários tipos de tabaco orientais.
Perique.
Outro tabaco especiaria que é cultivado em St. James Parish, na Lousiana, Estados Unidos da América. Este tabaco é submetido a altas pressões, durante a sua produção, que permite a sua fermentação enquanto se cura. Esta particularidade no seu processo objetiva um tabaco distinto.
Tabaco Turco.
Esta denominação é comum a qualquer um dos inúmeros tabacos cultivados no leste do Mediterrâneo. Os tabacos turcos mais populares são: Basma, Smyrna, Xanthi, Samsun, Izmir, Drama e o Yenidje. Praticamente todos estes nomes derivam da região de onde provêm. Os tabacos turcos são interpretados como tabacos doces e condimentados que conferem corpo a algumas misturas.
Virgínia.
Apesar deste nome derivar do estado da Virgínia nos EUA, este tipo de tabaco é cultivado em várias regiões. Existem várias qualidades de Virgínia, mas todos caracterizados pelo alto teor de açúcar e pela sua suavidade. Estes tabacos são vulgarmente usados como base de mistura, mas também é fumado puro. Salienta-se um aspecto interessante, estes tabacos tendem a melhorar com a idade, tal como um bom vinho. Muito mais suave que os tabacos orientais, estes Virgínia possuem um aroma complexo que o torna favorito dos fumadores mais experientes.

Guardar o meu tabaco
O teor de umidade do tabaco altera as características de queima e de aroma. Um tabaco demasiado úmido ou seco não poderá proporcionar um fumar agradável. Uma maneira de saber se o seu tabaco tem a quantidade certa de umidade é apertar com força um bocado de tabaco, e depois largá-lo. Se este começa logo a expandir o tabaco está em boas condições, se este ficar na mesma posição então está demasiado úmido e, finalmente, se começar a "saltar", então, está seco.

O tabaco comprado em latas retém facilmente a umidade inicial durante várias semanas depois de aberto. As misturas compradas a avulso, ou tabacos enlatados deverão ser devidamente condicionados. As bolsas de tabaco de fecho, apesar do seu revestimento, não são à prova de ar, o que não permite um controle exato da umidade. A melhor forma de controlar a umidade do seu tabaco, caso o guarde por muito tempo, será em sacos selados a vácuo, ou em caixinhas de plástico hermeticamente fechados. Algumas pessoas afirmam, que o tabaco pode ser guardado em sacos de plástico próprios para serem convenientemente instalados no frigorífico.

Se o tabaco tiver umidade demais, deixe-o num local seco, em contacto com o ar, mas vigie-o com cuidado, para que este não fique excessivamente seco. No caso do tabaco estar um pouco seco, também há solução. As soluções disponíveis passam por colocar uma rodela de batata ou de maçã no interior do tabaco, se optar por esta solução tenha cuidado, pois, pode-se formar bolor, estragando o irreversivelmente o tabaco. Outra solução, um pouco mais segura, é borrifar o tabaco, com uma pequena quantidade de água, e deixá-lo selado por alguns dias.

 

3.    INICIAR O CACHIMBO

O cachimbo é um instrumento, apesar de simples, que exige muitos cuidados. Sobretudo quando nos referimos ao fornilho do cachimbo, aí os cuidados devem ser redobrados.
É extremamente importante que fume no seu novo cachimbo com calma, de maneira a evitar estragos na madeira de raiz de urze nua. Há quem defenda que durante os primeiros tempos o cachimbo só deva ser enchido a dois terços do total, e incrementado progressivamente até atingir o volume total do fornilho. Existem outras técnicas que visam proteger o cachimbo nas primeiras "cachimbadas", tais como umedecer o interior do fornilho com água ou whisky.

As primeiras "cachimbadas" têm sempre um sabor um pouco amargo devido ao consumo da madeira. Por favor não aceda a idéias de o queimar com um ferro em brasa, incendiar o cachimbo ou outras idéias destrutivas. Tenha paciência, alguns cachimbos são mais fáceis de conseguir as condições ideais que outros.

Existem cachimbos que têm o fornilho revestido, para proteger o "Briar" no início até que o "bolo" se forme. Estes cachimbos têm a denominação de pré-queimados.

Existem algumas técnicas catalisadoras de formação do "bolo", exemplo disso é o uso de mel, que de fato ajuda a criar o bolo mais rapidamente, mas o sabor inicial não é muito agradável.

Não fume um cachimbo novo no exterior, o vento tende a aumentar a temperatura de combustão, o que levará à destruição da madeira interior.

 

4.    ENCHER O CACHIMBO

Esta é uma tarefa de suprema importância e de alguma complexidade, talvez seja a parte mais difícil de todo o ritual de fumar cachimbo. Para um iniciante pode ser um pouco frustrante. Muitas das pessoas já desistiram deste moroso processo. Mais uma vez, afirmo, é necessário ter paciência para fumar cachimbo. A perfeição e excelência reclamam tempo e experiência.

A técnica mais comum de carregar o cachimbo é o método das "três camadas". O objetivo é o de ter o tabaco com um aperto homogêneo em todo o fornilho, este efeito é conseguido apertando progressivamente a cada camada inserida. Esta disposição em camadas permite que se criem "bolsas" de ar entre camadas, que facilita a remoção progressiva de cinza e ajuda a manter o cachimbo aceso.

Encha o fornilho de tabaco até ao topo, com auxílio de um calcador ou com um dedo, pressione gentilmente o tabaco até que este preencha metade do volume total. Encha cachimbo de novo, até ao topo. Pressione até que ¾ do fornilho estejam completos. Encha de novo e pressione com alguma força, mas não demasiado. Ele estará bom quando o tabaco ao ser pressionado novamente pareça, algo, consistente. Se este não ceder é porque está demasiado apertado. Se este ceder muito, está excessivamente solto. Finalmente o teste, aspire o cachimbo sem estar aceso, deverá assemelhar-se à sucção de uma palhinha numa bebida suave. Se isto não acontecer, vaze o tabaco e comece de novo.

A pressão aplicada deve ser proporcional ao tamanho do cachimbo e, ao corte e umidade do tabaco, mas esta compensação está em segundo plano. Execute esta tarefa repetidamente até que a técnica seja coerente.

Se não conseguir encher corretamente o cachimbo terá grandes dificuldades em manter o cachimbo aceso.

 

5. ACENDER O CACHIMBO

Qualquer das formas existentes, fósforos, isqueiro de gás butano ou de nafta (Zippo), serve. No entanto todos eles são ligeiramente diferentes.

Os fósforos são o método tradicional de acender um cachimbo. Acenda o fósforo e espere que o enxofre arda. Aproxime o fósforo do topo do cachimbo e aspire o fumo suavemente, mova o fósforo num trajeto circular de uma maneira lenta e uniforme. Esta talvez seja a forma ideal de acender o cachimbo, assim não se influencia o aroma do tabaco.

Os isqueiros de gás butano são um pouco mais convenientes que os fósforos e, também são insípidos e inodoros. Os isqueiros próprios para cachimbo têm uma (por vezes mais) saída com um determinado ângulo que facilita a tarefa de acender o cachimbo, pois não queima os dedos.

Finalmente, os isqueiros de nafta, também denominados de isqueiros de gasolina. Estes partilham a conveniência dos isqueiros a gás, e têm a capacidade de acender o cachimbo mesmo sobre vento forte. A Zippo tem isqueiros próprios para cachimbo, estes possuem um orifício circular que é colocada sobre o fornilho enquanto que a chama é sugada para dentro do tabaco. O grande defeito destes isqueiros é o sabor a gasolina que conferem ao tabaco.

 

6.    MANTER O CACHIMBO ACESSO

Não esteja demasiado preocupado se tiver dificuldade em manter o cachimbo aceso. Raros são aqueles, mesmo com experiência, que não deixam o cachimbo apagar. O principal é relaxar e desfrutar esses momentos de ócio, o resto vem por si próprio. Atenção, o cachimbo deve ser fumado com calma e de preferência enquanto faz uma pausa.

Acender o cachimbo
A melhor maneira de manter o cachimbo aceso começa na forma como o acendemos. A maior parte das pessoas acendem o cachimbo duas vezes, para que todo o tabaco no topo esteja aceso de uma maneira uniforme.

Remover a cinza
Enquanto fuma é necessário que retire a cinza que se vai formando no topo do fornilho. Estas cinzas devem ser removidas periodicamente, volte o cachimbo para dentro do cinzeiro e bata gentilmente com o indicador no fundo do cachimbo, de maneira a libertar a cinza. A presença da cinza impede a passagem de oxigênio para a combustão do tabaco dificultando a sucção.

A cadência
A cadência a que se fuma é o compasso de inspiração, este ritmo é bastante importante. Com a prática que se vai adquirindo a cadência certa. O conceito geral é o de manter aceso o cachimbo, e que este queime com uma temperatura ideal. A temperatura ideal pode ser definida quando seguramos o cachimbo e este não nos queima as mãos. O cachimbo deve estar confortável na sua mão. Caso não consiga segurar o cachimbo coloque-o de lado e espere que este arrefeça.

A temperatura
A temperatura no fornilho não pode ser muito elevada, pois sujeita-se a irritações na língua e à danificação do cachimbo.

 

7.    LIMPAR O CACHIMBO

A limpeza do seu cachimbo de forma minuciosa é de extrema importância. Apenas assim conseguirá tirar total partido do seu cachimbo. Antes de iniciar qualquer tipo de limpeza, espere que o cachimbo arrefeça.

Limpeza do fornilho
A limpeza do fornilho deve ser feita cada vez que fuma uma porção de tabaco (o tabaco de um fornilho). Esta limpeza tem o propósito de eliminar todas as substâncias indesejáveis que restam no final da "cachimbada", tais como cinza, saliva e tabaco mal queimado e excesso de "bolo". O bolo é originado pela queima do tabaco em conjunto com o interior do fornilho, esta camada é muito importante, pois permite saborear o tabaco de uma forma impoluta e, protege o cachimbo das altas temperaturas atingidas durante a combustão do tabaco no fornilho. O bolo deve ser cuidado cautelosamente. Esta informação aplica-se apenas aos cachimbos "Briar", e não se aplica, de forma alguma, aos cachimbos de espuma do mar ou de barro.

Para remover a cinza mão bata o cachimbo em superfícies duras, isto pode resultar em danos graves. Tem duas maneiras de o conseguir, bata o cachimbo contra a sua palma da mão aberta (não se esqueça que para limpar o cachimbo este tem de estar frio), ou remova a cinza com auxílio da ferramenta para cachimbo.

Não deixe as cinzas no interior do fornilho por muito tempo. Estas podem obstruí-lo. Após a remoção da maior parte das cinzas, passe um escovilhão pelas paredes do fornilho de maneira a eliminar certos restos de tabaco, cinza ou saliva. Para facilitar dobre o escovilhão em forma de "U".

Existem muitas pessoas que ficam chocadas com o fato de um cachimbo ter de repousar 48 horas até que esteja, novamente, apto a ser usado. Este fato é verídico. A temperatura gerada durante a combustão do tabaco é de tal que provoca grandes dilatações na sua estrutura. As 48 horas servem para que o cachimbo descanse, e volte ao seu formato inicial. É óbvio, que não vai comprar imediatamente um número elevado de cachimbos para que esta regra seja devidamente cumprida. Vai ver que daqui a algum tempo já possui cachimbos suficientes para respeitar esta condição.

Limpeza do resto do cachimbo
O cachimbo deve ser limpo regularmente. Para tal use os escovilhões (limpadores) cônicos, que normalmente são feitos de algodão. O fato de serem cônicos ajuda no rigor da limpeza efetuada. Esta limpeza destina-se à remoção de ácidos, nicotina, pequenos sólidos, saliva e outros compostos nocivos e de sabor muito desagradável.

Limpe o cachimbo sempre que fumar uma porção de tabaco, tirará maior proveito de um cachimbo bem limpo.

Primeiro, desmonte o cachimbo. Coloque o escovilhão, com a extremidade mais fina, sobre a abertura na boquilha e percorra o trajeto da haste na totalidade repetidamente. Se o escovilhão ficar imediatamente sujo, use um outro novo. Faça este processo até que o escovilhão não retire qualquer sujidade. Repita esta operação para a outra extremidade da haste. Dobre o escovilhão e limpe a área da haste com maior diâmetro. Aproveite bem os escovilhões e limpe o pescoço (parte do cachimbo, normalmente feita com o mesmo material do fornilho, que liga a haste ao fornilho), se for possível, com o mesmo escovilhão. Repita, basicamente os mesmos passos que efetuou para a haste. Tente usar as duas extremidades do escovilhão, para que não gaste muitos.

Por vezes é necessário proceder a uma limpeza mais profunda, existem líquidos próprio para a limpeza do cachimbo, mas também pode usar uma bebida de alto teor alcoólico. Embeba os escovilhões nesse líquido e passe por todo o cachimbo. Respeite a devida secagem do cachimbo. Atenção, este procedimento não se aplica aos cachimbos de espuma do mar (Meerschaum).

Atenção
Nunca, mas mesmo nunca retire a haste do cachimbo, enquanto este está quente. Isto pode estragar-lhe o cachimbo. A dilatação que surge na haste ou no pescoço pode originar que estes deixam de encaixar corretamente, ou mesmo, partir. Existem alguns cachimbos que estão preparados para serem abertos enquanto quentes, estes têm um anel metálico que envolve o pescoço, e legando à haste um encaixe firme. Este tipo de cachimbo foi desenvolvido por militares, é comum aos cachimbos desse gênero.

Sons estranhos
Por vezes enquanto fumamos surgem uns sons estranhos. Este som é provocado pela presença de umidade no cachimbo. As possíveis causas são:

- Fumar excessivamente rápido. O vapor é um subproduto da combustão do tabaco, e a combustão acelerada aumenta as quantidades de umidade sem que esta possa ser libertada. A condensação dá-se no pescoço e haste.

- Cachimbo novo. Um cachimbo novo sem o bolo origina uma grande quantidade de umidade, possivelmente devido à umidade que compõem a madeira. Não há forma de evitar esta eventualidade.

- Tabaco com muita umidade. Os tabacos excessivamente úmidos aumentam a umidade relativa no interior do cachimbo promovendo uma condensação maciça.

- Saliva no cachimbo. É inevitável que enquanto fuma não deixe que alguma da sua saliva penetre no cachimbo. Mas se tiver a língua em contacto com a boquilha, haverá uma grande quantidade de saliva que entrará no interior do cachimbo. Mantenha a língua afastada da boquilha e a boca o mais seca possível.

Caso alguma destas situações ocorra, insira um escovilhão na boquilha do cachimbo e limpe o seu interior.

 

8.    EFEITOS SECUNDÁRIOS

O fato de ter a língua irritada é bastante desagradável, no entanto pertence ao ritual de iniciação. Apesar desta sensação ser perfeitamente natural, esta deve desaparecer ao fim de uma ou duas semanas. Se este prurido se prolongar pode haver outras razões: o tabaco que fuma tem umidade a mais, está a colocar o tabaco no fornilho de forma errada, a limpeza do cachimbo insuficiente (saliva no cachimbo), saturação do filtro ou, então, está a fumar com um ritmo excessivamente rápido.

 


 

ANATOMIA DO CACHIMBO

 

 

1.

"Bolo"

8.

Haste

2.

Câmara do fornilho

9.

Encaixe da haste

3.

Topo

10.

Câmara de condensados

4.

Filtro

11.

Pescoço do fornilho - haste

5.

Canal de ar da haste

12.

Canal de ar do fornilho

6.

Lábios da boquilha

13.

Base

7.

Boquilha

14.

Fornilho

 


 

OFICINA DE CACHIMBOS

Esta seção contém temas que se dirigem apenas a utilizadores mais experientes. No entanto acho apropriado advertir que o uso inadequado de certos métodos aqui descritos podem culminar na inutilização do seu cachimbo, se não tiver experiência ou tiver alguma relutância nestas técnicas por favor recorra a alguém especializado nesta matéria.

 

1.    COMO LIMPAR O FORNILHO

Depois de usar o seu cachimbo durante algum tempo, o "bolo" irá crescendo e reduzirá significativamente a capacidade do fornilho. Em casos extremos, o fornilho pode partir devido ao seu crescimento diferenciado. A espessura ideal do "bolo" não deve exceder 1.5mm. Quando o "bolo" excede esta dimensão é necessário removê-lo.

Embora seja um procedimento simples é aconselhado atenção redobrada. Procure uma faca de extremidade arredondada (similar a uma espátula) de largura inferior ao diâmetro do fornilho. O fato de não se usar uma faca pontiaguda prende-se com a probabilidade de danificar o fundo do fornilho. Encoste, sutilmente, as extremidades da faca às paredes do fornilho. Com movimentos circulares lentos, optando pelo sentido, se for o caso, do lado da lâmina da faca. Remova o excedente do "bolo", mas não na totalidade.

A fase anterior deste processo origina um corte disforme do "bolo". Será, então, necessário uniformizar a superfície. Existem ferramentas próprias para este fim. Mas se não as possuir use uma pequena lixa, ou pedaços cilíndricos madeira de diferentes dimensões. Muito cuidado nesta operação. A finalidade é de remover cuidadosamente o "bolo" de maneira a que este fique uniforme, e não o de raspar o interior do cachimbo.

 

2.    O QUE SE FAZER QUANDO O CACHIMBO SE TORNA AMARGO

Um cachimbo adequadamente cuidado, provavelmente durará mais que o dono. Ocasionalmente, o cachimbo pode começar a evidenciar um sabor amargo. Esta ocorrência pode ser conseqüência do desrespeito pelo tempo de descanso exigido pelo cachimbo.

Contudo, também há solução para isto. Primeiro arranje um pouco de sal grosso, álcool etílico (etanol) ou álcool de cereais e um lugar onde possa colocar o cachimbo de uma forma segura. Insira um escovilhão desde a boquilha até ao orifício de aspiração do fornilho, se for o caso retire o filtro para permitir a passagem do escovilhão. Agora insira o sal, até encher na totalidade o fornilho, e perfaça o resto do volume com o álcool.

Tente não entornar álcool no exterior do cachimbo, poderá danificar o acabamento, se deixar cair alguma gota limpe imediatamente. Deixe o cachimbo repousar assim, durante um ou dois dias. Limpe cuidadosamente o sal do fornilho e deixe-o secar convenientemente por uma noite.

Atenção que esta técnica não é completamente desprovida de riscos. Não deixe o sal e álcool durante muito tempo, não permita que esta mistura passe para fora do fornilho.

 

3.    REPARAR UMA HASTE FROUXA

Mesma que tenha o cuidado de não remover a haste enquanto o cachimbo estiver quente é ocasional que este fique solto. Eventualmente, este problema será, com tempo, solucionado por si próprio. No entanto se este se encontrar tão solto que corre o risco de cair, é melhor levá-lo a um especialista. Eles têm bastante prática em resolver situações com estas e, normalmente, nem apresenta contas muito elevadas.

Se estiver determinado a resolver o seu problema, saiba que tipo de haste tem. Se a haste for de lucite, e este estiver solto, a melhor maneira é colocar um pouco de verniz para as unhas na zona de encaixe. Deixar que seque bem, e aplicar uma nova camada até atingir o diâmetro desejado.

Uma haste de vulcanite, por outro lado, é um pouco mais complexa de consertar, visto que será necessário aquecer a zona que encaixa no pescoço, e expandi-la de alguma maneira. Existem várias formas de o fazer, apresento aqui dois processos disponíveis.

Primeiro, remova a haste do cachimbo e insira um escovilhão pela boquilha até à outra extremidade, este passo serve para nos certificarmos que o a zona de entrada de ar não é bloqueada. Em seguida, aquecer cuidadosamente a área pretendida por aproximadamente 5 segundos, a intenção é a de amolecer a vulcanite, não a de derreter. Gentilmente, pressionar a área, em questão, contra uma superfície plana, posicionando a haste o mais perpendicular possível em relação a superfície de contacto. Quando a haste arrefecer, verifique se este se encaixa perfeitamente no pescoço. Se estiver demasiado solto repita os passos anteriores. Se este ficar demasiado apertado, então vai ter de recorrer a outra técnica. Leia o ponto a seguir.

Um método menos radical é o de esfregar, o contacto da haste com o pescoço, em cera de abelhas, até que este se encontre devidamente revestido. Insira a haste no cachimbo, depois de fumar uma ou duas vezes o diâmetro da haste será o adequado para inserir no pescoço do cachimbo.

 

4.    REPARAR UMA HASTE APERTADA

Se a haste estiver inserido no cachimbo e for difícil de o retirar, levando-o a recear que o cachimbo fique danificado, coloque o cachimbo no congelador durante alguns minutos, esta técnica é praticamente infalível. Se esta solução não for satisfatória, entregue-o aos cuidados de um técnico.

Se conseguir retirar a haste, coloque um lubrificante seco, como a grafite, existente num lápis, ou então coloque-lhe cera na área de encaixe e tente inseri-lo novamente. Caso os resultados não sejam os melhores, terá de desbastar a haste ligeiramente. Arranje papel lixa fino e gire, suavemente, a haste envolvido na lixa. Trabalhe lentamente, com uma pequena pressão dos dedos sobre a lixa. Repita as vezes necessárias até que a haste se encaixe perfeitamente.

 

5.    POLIR UMA HASTE

As hastes de vulcanite podem oxidar, transformando-se de preto brilhante num verde acastanhado, que possui um aspecto horrível. Este é o caso em que um pouco de cuidado tem ótimos resultados. Evite, sempre que possível, que as hastes de vulcanite estejam expostos à luz. Limpe a haste cuidadosamente após cada uso.

Quando a oxidação ocorre, é possível que esta possa ser removida através de métodos abrasivos suaves, como são o caso da pasta de dentes ou da soda (bicarbonato de sódio). Se a oxidação for muito avançada, é necessários estes métodos de limpeza abrasivos sejam reforçados, aconselha-se o uso de produtos de limpeza de metais líquidos (prata ou ouro). Em nenhum dos casos é necessário esfregar, apenas deixar a haste de molho durante uma noite, e limpá-lo meticulosamente no dia seguinte, e encerá-lo com cera própria para o efeito.

Tenha cuidado com os logotipos, desenhos ou inscrições na haste, pois estes podem desaparecer devido à ação do agente abrasivo.

 

6. CUIDADOS COM CACHIMBOS DE ESPUMA DO MAR

É de extrema importância que não os deixe cair. A espuma do mar é na verdade sepiolite, um mineral de cores claras à base de magnésio, e, portanto, bastante frágil. Se um cachimbo destes cair muito pouco provável que sobreviva.

É vital que não deixe que o "bolo" se forme no fornilho, limpe bem o fornilho, com um escovilhão para cachimbo, após cada uso. Se, por descuido, o bolo se começar a formar, tem de o remover cuidadosamente, com uma pequena espátula, evitando riscar o mineral.

Muitas das particularidades que se aplicam ao cachimbo "Briar" também se aplicam ao cachimbo de espuma do mar. E terá de esperar que este seque devidamente antes de o usar novamente. No entanto o tempo de descanso é inferior ao dos cachimbos "Briar", pois é composto por um material inorgânico, que reage de uma maneira incólume à temperatura.

 

7.    FAZER OS PRÓPRIOS CACHIMBOS

É óbvio que podemos fazer o seu próprio cachimbo. Alguns amantes do cachimbo fazem-no, existem "kits", previamente preparados para serem montados em casa. Há quem prefira fazer os seus cachimbos a partir do nada, desenhando, escolhendo a madeira até aos acabamentos. Devo afirmar, que isto me parece de uma complexidade muito elevada. Para mais pormenores procure informação em: www.amsmoke.com


 
SÍMBOLOS DE CACHIMBOS
 

Esta é uma pequena lista de símbolos bastante comuns de marcas para cachimbo, não são porém os logotipos de cada um dos fabricantes, mas sim a marca que é colocada no cachimbo e que permite a sua identificação.

Aldo Velani
Alpha
Amorelli

Aldo Velani

Alpha

Amorelli

Ardor

Mario Armellini

Ascorti

Ashton

Barbi

Barling

Barontini

BBB

Becker

Big Ben

Bjarne

Bonfiglioli

Brebbia

Butz-Choquin

Carey's

Castello

Chacom

         
Charatan
Comoy's
Davidoff
Don Carlos
Dunhill

GBD

Georg Jensen

Graco

Hardcastle

James Upshall

Jobey
Jost's
Karl Erik
Luciano
Mark Tinsky
Mastro de Paja
Medico
Molina
Parker
Paul Perri
Peter Stokkebye
Pipa Croci
Radice
Regency
Sasieni
         
Savinelli
Savinelli Autograph
Savinelli Oscar

Savinelli Roma

Willmer

 

 
LINKS DO CACHIMBO
 

Por vezes é difícil encontrar links para sites relacionados com o cachimbo. Eis alguns sites bastante interessantes.

 

Tabacos Mac Baren

Cachimbos Peterson of Dublin

Cachimbos Dunhill

Cachimbos Larsen

Isqueiros Zippo

Cachimbos Big Ben

     
Cachimbos Davidoff

 

 
Venha dar conosco belas cachimbadas, você que é um veterano nesta arte ou apenas um iniciante, não importa, nossa pretensão é aprender juntos.
Então puxe uma cadeira, sente-se bem confortavelmente, pegue o seu cachimbo, acenda-o com seu fumo preferido, e venha cachimbar na santa paz, vendo a grama crescer; trocando informações e experiências do nosso dia-a-dia, podendo mutuamente nos aprimorar na arte dos cachimbos, tabacos e afins, sem qualquer proibição a outros assuntos que fazem parte da convivência humana.
Seja você também muito bem-vindo!